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Chi siamo

O padre Thiago Spagnolo (1912-1978)

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Padre Giacomo Spagnolo nasceu no dia 31 de janeiro de 1912, numa cidade chamada Rotzo, situada nas montanhas, no norte da Itália.

Foi o primeiro de nove irmãos e, ainda jovem, entrou no seminário dos Missionários Xaverianos, onde realizou todos os seus estudos. Foi ordenado sacerdote no ano de 1934, quando tinha, então, 22 anos. Por meio de seus escritos, sabemos que, sem conhecer o plano de São Guido, achou-se “providencialmente” envolvido na realização de um projeto no qual nunca havia pensado. Assim escreveu no seu diário, perguntando a si mesmo: “[...] cada vez que dialogas com teu Senhor, volta à mente aquele projeto ... não dá para deixá-lo cair. Mas será isso mesmo que deves fazer?”.

Pe. Giacomo, enquanto aguardava sinais mais legíveis do seu Senhor, alimentava na oração aquela inspiração inicial. Para a realização da Obra, era necessária a colaboração de uma mulher. Esta deveria acolher as jovens que iriam fazer parte dessa família como missionárias, e se tornar para todas a “Madre”.

No dia 2 de julho de 1943, o diário do padre relata: “[...] dias atrás, pensando no Instituto das nossas missionárias, por cuja fundação estou-me interessando, me veio à mente a senhorita Bóttego, como uma pessoa apta, sob todos os aspectos, para dar origem a semelhante obra”.

Ao ser interpelada sobre o assunto, a professora Celestina Bóttego manifestou-se surpresa e perplexa.  Ofereceu-se para colaborar com o que fosse necessário, mas pessoalmente não se considerava apta para iniciar a nova congregação. Padre Giacomo, convencido do contrário, intensificou sua oração e sua disponibilidade ao plano de Deus. Decidiu não mais falar, em princípio, sobre o assunto com a senhorita Celestina.

24 DE MAIO

Na ocasião da Páscoa de 1944, Pe. Giacomo enviou à professora Celestina um cartão significativo, com a reprodução do Cristo Crucificado de Velásquez. Naquele cartão escreveu uma única palavra: “TUDO”.

Aquela palavra, sem comentário algum, tocou profundamente Celestina e não a deixou em paz.

No diário do Padre do dia 24 de maio de 1944, leem-se estas palavras: “Esta tarde, saindo da capela, vi a senhorita .... disse-me que depois da decisão tomada a respeito da Obra, não ficou tranquila... que a imagem do Crucificado que lhe havia enviado por ocasião da Páscoa, com a inscrição “TUDO”, tinha-a tocado mais ainda. Manifestei-lhe a minha intenção de procurar seguir unicamente a vontade de Jesus, esperando sempre d’Ele o sinal para agir....” No fim da página do diário do mesmo dia, Pe. Giacomo escreveu: “Hoje a Congregação ganhou a sua fundadora que ao Senhor pronunciou o seu FIAT”.

De vez em quando, o Padre, expressando-se sobre aquele fato que originou a Congregação, voltava a nos lembrar: “Vocês são filhas daquele pensamento de totalidade. Vivam-no pois!!!”.

O crucificado continua a ser para nós a escola onde aprendemos a pagar de pessoa, até o fim por amor (Const. 9).

Desde o início, o Padre já havia previsto também que, ao lado das missionárias, um grupo de leigos que como amigos, se empenhassem em viver e difundir a missão no próprio ambiente de vida, compartilhando o carisma da Congregação. Em 21 de outubro do ano de 2012 os “Amigos/as” passam a se chamar:  “Leigos/as Missionários/as de Maria” LMMX.

Quem são?

São um grupo de homens e mulheres, jovens e adultos que desejam viver a    vocação missionária da Igreja com a espiritualidade das Missionárias de Maria  Xaverianas: “ Seguir a Cristo imitando-o na sua doação ao Pai e aos irmãos”

Motivações e critérios de pertença ao grupo são:

- Sentir atração pelo dom que o Espírito ofereceu à Família das Missionárias de Maria, por meio de seus fundadores, dom que tem que ser vivido, guardado, aprofundado e desenvolvido, em fidelidade criativa e em sintonia com a caminhada da Igreja;

- Sensibilidade para a dimensão missionária da vocação cristã e compromisso no serviço da missão ad gentes, conforme as próprias possibilidades;

- Vontade de colaborar na animação missionário-vocacional das Missionárias de Maria, na medida do possível.

O arco da vida terrena do Padre Giacomo Spagnolo chegou a sua conclusão no dia 22 de março de 1978. O Padre tinha 66 anos quando morreu em consequência de um câncer. Foi numa quarta-feira santa. Alguns dias antes, ele dissera: “Alegrai-vos comigo, vou celebrar a Páscoa no céu, para sempre”.