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Chi siamo

Madre Celestina Bottego (1895-1980)

1591

Nascida nos Estados Unidos no dia 20 de dezembro de 1895. De mãe irlandesa e pai italiano, Celestina logo herdou três tradições culturais que realizaram nela uma feliz síntese: a irlandesa, a italiana e a americana. Esse ambiente e a influência da mãe, mulher de profunda fé e cultura, contribuíram para desabrochar em Celestina uma personalidade sensível às dificuldades alheias, capaz de encontro e diálogo.

 

Mesmo sendo empenhada no cultivo da sua formação cultural e profissional, Celestina era atenta à realidade social e às necessidades do povo. Começou assim a se empenhar numa atividade apostólica e de caridade sempre mais intensa.

Celestina tinha uma particular atenção para os jovens. Era preocupada com todos aqueles jovens que passavam horas e horas na rua. Assim procurou um local onde colocou rádio, livros e jogos, para que os jovens pudessem se encontrar e estarem juntos.

Naquela época, o Bispo de Parma era São Guido Maria Conforti, que, no ano de 1895, tinha fundado o Instituto dos Missionários Xaverianos. Celestina cresceu e se alimentou da espiritualidade contemplativa e missionária que Conforti soube difundir na Diocese. No ano 1935, a professora Celestina foi chamada pelos missionários xaverianos a ensinar inglês aos jovens teólogos. Coisa fora do comum, naquela época: sinal da estima que Celestina gozava.

Quando no ano de 1943, o Xaveriano Pe. Giacomo Spagnolo, dirige-se a ela, para pedir colaboração na Fundação do Instituto Xaveriano Feminino, Celestina. Surpresa e perplexa, declina o pedido e recua com decisão. Tinha  48 anos e um projeto de vida já consolidado. Não foi fácil para ela aceitar o novo chamado, mas, quando se deu conta de que aquela era a vontade de Deus, aderiu com grande generosidade e com espírito de fé.

“Numa atmosfera de pura fé e de fervor fui conduzida a dizer o meu sim por uma leve inspiração interior à qual não podia resistir. Sabia de ser livre, mas não era”.

A Madre doou à Congregação o seu espírito de fé e de oração, o seu zelo apostólico, a delicadeza feminina, um amor suave e disponível, além de todos os seus bens materiais. Foi no dia 20 de agosto de 1980 que ela faleceu, tinha 84 anos.  Poucos foram os anos entre a sua morte e a abertura da causa de canonização, na Diocese de Parma.  A estima e veneração da qual foi rodeada durante toda a sua existência, tornaram-se particularmente evidentes na hora da sua morte.

   A própria Congregação foi solicitada em pensar na introdução da causa de canonização, também pelo Bispo de Parma, D. Cocchi, o qual tinha ouvido falar da Bóttego como de uma mulher “extraordinária” por parte do seu predecessor D. Pasini e do Instituto dos Missionários Xaverianos. Este último em particular baseava o seu convite na documentação da qual dispunha. A esse respeito, foram consultadas todas as irmãs da congregação e as respostas foram, na sua maioria, favoráveis.

   Na base desse consenso, no dia 24 de maio de 1994, foi feito o pedido  a D. Cocchi Bispo de Parma para introduzir a causa. Os trabalhos tiveram início no dia 09 de maio 1995.  O encerramento realizou-se no dia 5 de novembro do ano 1997. Em seguida, os atos foram entregues à Congregação para as causas dos santos.

    Em junho 2012, reuniu-se em Roma uma Comissão da  Congregação pela causa dos santos para discutir as virtudes heroicas da Serva de Deus, Madre Celestina Bóttego.  O parecer favorável dessa comissão foi apresentado ao Papa na pessoa do seu Prefeito, o Cardeal Ângelo Amato, no dia 15 de outubro 2013. O Papa Francisco, no dia 31 do mesmo mês, autorizou a promulgação do decreto que diz reconhecer as ‘virtudes heroicas’ da Madre Celestina Bóttego, Fundadora da Congregação das Missionárias de Maria-Xaverianas, junto com o Missionário Xaveriano, Padre Giacomo Spagnolo. Com esse Decreto a Igreja, na pessoa do Papa, declara a Madre Celestina Venerável.